Apesar do grande número de pessoas afetadas pela gagueira, pouca atenção é dada ao tema e ele se mantem pouco entendido pela sociedade em geral. Como resultado, as pessoas que gaguejam frequentemente enfrentam “bullying”, estigmatização e discriminação em salas de aula, no trabalho, e até mesmo em casa por membros da própria família.
A percepção pública de que pessoas que gaguejam são nervosas, ansiosas ou introvertidas é simplesmente errada. Como a gagueira afeta pessoas de todas as classes sociais, grupos étnicos e classes econômicas, ela também afeta pessoas com variados tipos de personalidade. O que acontece é que pessoas que gaguejam muitas vezes evitam interações sociais ou outras situações de comunicação e, por isso, acabam sendo vistas como tímidas ou quietas.
A inabilidade de se comunicar efetivamente pode ter um impacto significativo na saúde mental e no bem-estar emocional e no senso de mérito de uma pessoa. Pessoas que gaguejam podem repetidamente vivenciar uma frustração profunda, vergonha e constrangimento, por acreditarem que não podem ser elas mesmas sem uma fala contínua, suave e sem esforço. Isso pode levar ao medo de se comunicar em várias situações do dia-a-dia, resultando em ansiedade social e isolamento. O impacto da gagueira na qualidade de vida de um indivíduo pode ser mais significativo do que aparenta.
A maioria das pessoas gagas raramente admitem ou comentam sobre sua disfluência para os outros. Como alternativa, elas desenvolvem estratégias e truques para esconder a gagueira em uma tentativa de evitar sofrer “bullying” e discriminação.
Mudar a visão da sociedade em relação a gagueira é importante e pode impactar diretamente a vida daqueles que sofrem com o distúrbio. Isso significa educar o público sobre transtornos de comunicação e trocar estereótipos e percepções equivocadas por fatos e capacidade de apoio.